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Imagem oficial FATE / Divulgação/ Type-Moon |
Introdução
Nesta nova série, irei apresentar criadores relacionados a
jogos, sempre com uma entrevista ao fim do artigo. Iniciarei sempre
apresentando o criador de conteúdo com minhas palavras.
O intuito primevo é mostrar conteúdos que tratam de games
enquanto cultura, nas mais diversas expressões possíveis dentro disto.
Apresentação do entrevistado:
Mandaloris é um streamer, que joga principalmente FPS e
Shmups, porém também produz conteúdos dos mais diversos gêneros de games.
Além de um jogador que busca se desafiar sempre, ele também
propõe desafios por meio de eventos, torneios de jogos de navinha e jogos de
luta, onde qualquer um pode participar. (Estive presente no último torneio de Idol Showdown onde fui brutalmente recebido pelos punhos da comunidade).
Ainda sobre desafios, um dos resgates dentre tantos outros
com pontos da live, é poder sugerir um desafio para o Mando, onde jogo e
condições específicas são ditadas por quem resgatou a recompensa mais disputada
da comunidade.
Mandaloris é estudante de japonês, isso por si só traz um
conteúdo diferenciado, chegando a ter uma live inteira do clássico Batsugun em nihongo, mas esse fator também traz ao chat não só outros estudantes do idioma,
como falantes nativos das mais diversas línguas, tornando uma comunidade
majoritariamente brasileira, porém com participantes estrangeiros esporádicos.
A Twitch é uma plataforma com ótimas ferramentas para criar
comunidade, que se manifesta principalmente através do chat, Mandaloris, contudo, tem um círculo grande de amigos streamers que fez durante as
transmissões, os públicos são geralmente compartilhados pelos criadores, que
possuem gostos similares apesar das diferenças, gerando uma comunidade enorme e
diversa.
Esta stream é um ótimo lugar para interagir sobre animes e
mangás também, eu mesmo sempre descubro indicações por lá. O chat
tem gostos bem underground para games,
então assuntos sobre aquela franquia que você acha que ninguém conhece, ou você mesmo nem sonha com a existência, são normais nesta comunidade.
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Entrevista
1. O quê te fez querer começar a produzir conteúdo e organizar torneios?
2. É inegável que uma comunidade muito distinta se formou em sua live, você já esperava encontrar pessoas tão amigáveis e com gostos similares?
R: Com os jogos de luta, sempre
procurei entrar em diversos grupos dentro da “FGC”, então eu estava acostumado
a conhecer pessoas que compartilhassem dessa paixão. Já com os shmups, no
entanto, eu realmente não esperava achar tanta gente que também os apreciassem
de uma forma tão profunda. Acredito eu que isso se deva ao fato de estarmos
presenciando uma espécie de renascimento dos jogos de nave. Além do cenário
indie estar abastecendo cada vez mais a indústria com jogos do tipo, a criação
de conteúdo sobre o gênero tem crescido consideravelmente internet afora, o que
deve estar atraindo e introduzindo mais e mais gente interessada no tipo de
experiência profunda e única que os shmups oferecem.
3.
Por favor, me ajude a convencer as pessoas a
entrar na franquia Fate. Como você apresentaria para novos fãs?
R: Para quem quiser experimentar uma
das melhores obras de ficção já escritas, saiba que “Fate/stay night”, autoria
de Kinoko Nasu, foi recentemente lançado na Steam, e é mais barato do que muito
livro mediano por aí! Para quem nunca leu um romance visual antes, o ritmo e
duração de “Fate/stay night” podem assustar um pouco, mas é uma história
brilhante que não poderia ser contada de outra forma com a mesma profundidade,
impacto e elegância. Para aqueles que preferem um formato mais convencional
para adentrar o universo da TYPE-MOON, “Kara no Kyoukai”, a primeira obra de
Nasu, é um romance excepcional dividido em três pequenos livros, traduzidos na
íntegra por fãs para o inglês. Outra boa porta de entrada é “Notes.”, um conto
publicado em 1999 que, embora possua em torno de meras 10 páginas, apresenta um
cenário super intrigante. O importante é que, em algum momento, todo mundo
experimente “Fate/stay night” em sua forma original. É a história mais
importante da minha vida e nada me deixa mais feliz do que ver outras pessoas
tendo a oportunidade de serem marcadas da mesma forma.
4.
Você esperava que a função de resgate “Type-Moon
lore” seria tão utilizada e concorrida?
R: O engraçado é que, no início, era
uma recompensa bem ignorada. Fico feliz que, com o tempo, ela tenha caído no
gosto do pessoal, já que adoro ficar falando sobre Fate e TYPE-MOON sem parar,
mesmo que às vezes isso signifique falar mal de “Fate/Grand Order” por minutos
a fio.
5.
Como você vê a cultura e comunidade de
vídeo games para além do círculo que se
formou por suas lives?
R: Como cheguei mencionar anteriormente, fico feliz em ver como gêneros que, por muito tempo, foram
tratados como arcaicos ou mesmo inacessíveis têm ganhado mais notoriedade e
renovado seus públicos. Graças, principalmente, à cena indie, a comunidade tem
mostrado que há uma sede imensa por shoot ‘em ups, jogos de luta, RPGs de
estilo dungeon crawler, FPS de estilo clássico e outros jogos que vão muito
além do design AAA cinematográfico padrão e mecanicamente raso que toma conta
das grandes empresas. Ainda há falta de cobertura por parte da imprensa, mas os
jogadores que anseiam por experiências densas estão indo atrás e dando cada vez
mais voz para esses tipos de jogos.
6.
Indique obras que você gostaria que fossem mais
reconhecidas, ou que representem bem você.
R: “Fate/hollow ataraxia” é a
primeira que vem em mente. Ainda que “Fate/stay night” seja bem reconhecido no
meio dos romances visuais e, graças às adaptações da ufotable, pelos fãs de
anime, sua sequência é frequentemente ignorada. “Fate/hollow ataraxia” é também
uma ótima história e praticamente obrigatória para quem gostou de “Fate/stay
night” e deseja passar um tempo aconchegante com tantos personagens
maravilhosos. Mas, deixando de lado o meu fanatismo por TYPE-MOON, “DoDonPachi
DaiOuJou” PRECISA ser mais reconhecido. Todo mundo na comunidade de shoot ‘em
up sabe como se trata de uma obra-prima, mas é um jogo ofensivamente ignorado
fora desse espaço. É o tipo de jogo que deveria aparecer em qualquer lista de
“melhores jogos de todos os tempos” dos grandes veículos de mídia. “DoDonPachi
DaiOuJou” deve ser tratado no mesmo nível de clássicos como “DOOM”, “Resident
Evil 4”, “Dark Souls” e tantos outros.
7.
Quando sai o cosplay Mando maid? (Piada interna
da live)
R: Quando o mundo mais precisar
dele.
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Conclusão
O próximo evento organizado por Mandaloris, será um Kumite Fire Bee (torneio de Shmups), que ocorrerá 15/02 as 20:00 em seu canal, as inscrições podem ser feitas aqui.
Estão todos convidados não só para acompanhar o evento, mas para conhecer os diversos canais do Mando
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