Imagem de divulgação, Arcane. Descrição: Jinx pilota um veículo. |
No texto a seguir abordarei por inteiro as duas temporadas de Arcane, como já fiz com os textos anteriores (DB Daima e Pinguim), irei introduzir a temática e dar motivos que possam lhe convencer a ver caso ainda não tenha feito, após isso sinalizarei spoiler (marcado em vermelho) e entrarei em partes mais comprometedoras da história, também irei aproveitar para comentar sobre os eventos e mudanças nos jogos da Riot em decorrência de Arcane, deixarei esta parte marcada em azul, então se só quiser ver ela pode pular para o final.
Arcane é uma série animada baseada na Lore do popular League of Legends (LOL), com foco no núcleo de Piltover e Zaun, mas com certas influências do império Noxiano.
Pode parecer que falei grego clássico para quem não acompanha o jogo, mas acredite, se for seu caso, a série ainda será uma grande experiência, darei mais motivos para lhe convencer a seguir.
Arcane se passa majoritariamente em Piltover, uma cidade focada em ciência que nega a magia existente neste universo, apesar de ser a linda “cidade do progresso”, casa dos pensadores, sua existência gerou uma periferia (ou Subferia, como se referem na série), onde todo o lixo de Piltover é despejado, em meio ao ar tóxico e toda a miséria decorrente do progresso da cidade irmã, surge Zaun.
Irmandade é um dos temas centrais em Arcane, seja na coexistência das cidades, na relação das irmãs que protagonizam a história, ou nos laços formados pelos personagens ao decorrer da trama.
Este núcleo de Runeterra (mundo fictício do LOL) é inspirado visualmente por steampunk principalmente, mas em Zaun podemos notar certa influência dieselpunk e até cyberpunk.
Piltover é clara, com grandes prédios, um céu limpo e pessoas de aparência “nobre”, o que se reflete na sua organização política, já sua “irmã pobre", a Subferia, é escura, coberta de uma névoa tóxica, tem animais bizarros e mutantes a espreita, os habitantes trajam roupas surradas e ostentam implantes enferrujados, cicatrizes horrendas e tatuagens com padrões mecânicos.
Apesar da estética de subgêneros sci-fi, a história ainda se passa em mundo de alta fantasia, então você também encontrará raças mágicas, armas medievais e poderes mágicos.
A animação segue a tendência criada por Spider-Man: Into The Spider-Verse, com estilo similar, mas ainda assim original, muitas vezes superando em termos técnicos, destaque para as mudanças de técnicas de animação em momentos de tensão. A trilha sonora é espetacular, contando com bandas populares como Imagine Dragons. O roteiro se baseia em uma parte da Lore que não tinha tanto desenvolvimento, então, até para os jogadores, muita coisa aqui é novidade. Os personagens do núcleo principal são extremamente bem trabalhados, têm de tudo aqui: romance, ação e drama.
Se você é um entusiasta de animação. Arcane torna-se obrigatório, a qualidade técnica figura entre as melhores de todos os tempos.
Para você, lolzeiro, não perca mais tempo, garanto que não irá se arrepender, ver Arcane fará você gostar ainda mais do jogo.
Você fã de cultura pop alheio a este universo, dê uma chance para os primeiros episódios. No mínimo, você terá contato com um universo de fantasia baseado em muito do que já gosta, porém, único de sua maneira e com personagens cativantes, que provavelmente se tornarão seus favoritos.
Imagem de divulgação, Arcane. Descrição, Jinx encapuzada anda enquanto dezenas de pesspas estão em conflito ao fundo, a cena está em vermelho. |
*Spoilers*
Aqui começaremos a adentrar nos spoilers. Segurem as lágrimas.
Faz quase quatorze anos que conheci LOL, o que mais me encantou desde o princípio sempre foram os personagens e o contexto no qual tudo se passava. O anúncio de Arcane anos atrás foi um sonho realizado, mas eu não tinha grandes expectativas.
A série acertou muito desde a primeira temporada, principalmente no background de Jinx e Vi, nossas velhas conhecidas. Ver todo o drama no qual estavam imersas desde sempre e como isso tornou elas as campeãs que conhecemos no jogo, foi uma jornada fabulosa.
Os personagens originais da série, como Vander, Silco e Mel, me agradaram demais, boa parte da função deles é ajudar a narrativa em relação a terceiros, mas ainda assim foram bem desenvolvidos.
Ver raças como os mágicos e fofinhos Yordles, em contextos “sujos” da perigosa Zaun, foi surpreendente, apesar da quebra de paradigmas. Eu gostei da Yordle cafetona e do Yordle líder mafioso.
A história do Viktor enquanto Arauto me agradou bastante, fechou perfeitamente a série, mas, ao mesmo tempo me incomoda o fato do personagem deixar de ser aquele robô assustador do jogo.
Jinx, que personagem complexo, no LOL desde o início ela foi a personagem mentalmente instável, que gostava de caos, grafite e explosões, muitas vezes comparada com a popular Harley Quinn, mas em Arcane, vimos Powder (seu nome original), como uma criança frágil, cheia de amor pela família, sendo abandonada, perdendo a sanidade, tornando-se uma terrorista, assassina, sendo posteriormente ovacionada como heroína de seu povo, formando uma nova família com a pequena Isha, só para perder mais uma vez tudo que amava, mas desta vez terminar em um ato heroico.
O universo alternativo, junto às origens dos poderes de Ekko, foi a melhor parte da história para mim. Ver a Powder “mocinha” e junto ao Ekko, além da Zaun linda e organizada, foi um fanservice incrível, mas que serviu para potencializar a conclusão triste.
O visual do Warwick ficar diferente do jogo, foi legal, gosto de conteúdos “exclusivos” de certas mídias, só espero que não tragam ao jogo futuramente, ao menos não como visual principal do personagem, como fizeram no Viktor.
Ver outros campeões como Heimendinger, Jayce, Singed, Orianna, Janna e tantos outros foi um afago no coração, mas faltaram tantos outros deste núcleo que, ao que tudo indica, encerrou sua participação nas telinhas, o que é uma pena.
A aparição da organização rosa negra e de sua majestosa líder, LeBlanc, foi a maior surpresa da série. (Nerds da Lore vão entender.)
E aquele final com o corvo do Swain? A expectativa para as próximas séries só aumentou.
*Fim dos Spoilers*
Aproveitando o sucesso da série, a Riot Games que investiu milhões, não iria perder a chance de recuperar o investimento, vocês já devem ter notado as dezenas de merchandising da marca nos últimos tempos, de produtos de beleza, guloseimas, brindes de fast food, colecionáveis e claro, conteúdos nos jogos.
LOL e TFT (Team Figth Tatics) ganharam vários cosméticos de Arcane, além de um jogo em primeira pessoa com a Jinx, que se passa entre episódios da segunda temporada e libera coisas no LOL. Ele vale muito a pena e pode ser jogado dentro do client do próprio LOL.
Wild Rift, versão mobile de LOL, também recebeu novos cosméticos da série.
Viktor ganhou um Rework, mudando visual e conceito com base na série.
Ambessa Medarda chegou ao jogo há pouco tempo, ela apareceu primeiro na série e é importante na trama, principalmente por ser uma liderança noxiana.
Noxus parece ser o tema de uma das séries já confirmadas para o futuro, por dicas na trama e atualizações para o jogo que irão focar nesta nação, com mecânicas e visual de mapa novos baseados no conceito sanguinário e expansionista do império, além de coisas baseadas em Arcane.
Há skins colaborativas de Arcane para o jogo Fortnite, vale conferir.
O gameplay de Jinx foi refeita e anunciada recentemente em 2XKO, jogo de luta da Riot ainda não lançado.
E você, é lolzeiro? Curte Arcane? Achou de fato uma série espetacular ou é subestimada? Deixe sua opinião nos comentários.
LOL está disponível para PC.
TFT está disponível para PC e dispositivos móveis.
Arcane pode ser assistido na Netflix.
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