Após o sucesso do filme japonês “Godzilla Minus One”, o maior monstro da história do cinema marca presença na série “Monarch: Legado de Monstros” e estará no filme “Godzilla e Kong: O Novo Império”
Não é exagero dizer que Godzilla é o maior monstro da
história do cinema. Há 70 anos, ele possui o status – ainda que discutível – de
“rei dos monstros”, seja no Japão ou em Hollywood. E não é para menos.
O original “Gojira”, que ficou popularmente conhecido no ocidente como Godzilla, data de 1954 e foi reconhecido pelo Guinness World Records como a franquia mais antiga do mundo.
Godzilla foi o pioneiro no estilo de filmagens mundialmente conhecido como tokusatsu, que se tornou muito popular no Japão e inspirou diversos filmes e séries. Sua trajetória conta com 36 filmes e diversos produtos licenciados, tais como livros, videogames, quadrinhos e brinquedos, além de ter inspirado Steven Spielberg a criar o clássico Jurassic Park.
Segundo o Hollywood Reporter, Godzilla Minus One, que estrou em 1º de dezembro do ano passado, já é o filme japonês mais rentável da história nos Estados Unidos. Com um
orçamento de apenas US$ 15 milhões, ele arrecadou mais de US$ 55 milhões somente no mercado americano e tornou-se o terceiro filme de língua não inglesa de maior bilheteria nos EUA, ultrapassando o vencedor do Oscar Parasita. Além disso, Minus One concorreu ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Critics Choice
Awards de 2024. Um verdadeiro fenômeno.
Mas como surgiu a ideia de criar Godzilla?
Godzilla original/Toho Film Company
No longa metragem original, testes nucleares deram origem a um réptil mutante de 50 metros de altura, que atacou o Japão, deixando um rastro de destruição e morte no país após o fim da Segunda Guerra Mundial. É nesse contexto de calamidade e desespero que as autoridades têm que conter o pânico da população e buscar meios para deter a terrível ameaça.
Um monstro radioativo gigante e seu confronto contra a humanidade e outros titãs pode ser fascinante pura e simplesmente por suas batalhas épicas. Mas não se enganem. Godzilla é muito mais do que isso.
Criado no pós-guerra, poucos anos após a explosão da bomba nuclear que destruiu as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, Godzilla é uma metáfora que reflete os horrores da guerra. O monstro é a personificação dos efeitos catastróficos decorrentes da intervenção humana na natureza. Se nas obras americanas ele reflete uma criatura maligna cujo objetivo é o caos, no Japão os testes nucleares que o criaram representam a quebra do equilíbrio que havia entre a humanidade e a natureza e todas as suas consequências.
De acordo com a página Godzilla Brasil no Fazebook, Takashi Yamazaki, Diretor de Godzilla Minus One, concedeu uma entrevista expondo a sua visão sobre sobre as diferentes versões da criatura: O
ponto principal do Godzilla internacional é que ele é um monstro realmente
poderoso, mas um Godzilla japonês é meio que uma criatura divina em muitos
aspectos. Não necessariamente um deus religioso, mas mais parecido com um deus
japonês, malévolo e destrutivo. Ele é uma metáfora para armas nucleares.
Em suma, Godzilla pode ser interpretado como um deus criado pela natureza para se vingar daqueles que violaram a paz que deveria prevalecer entre eles.
Godzilla está em Monarch: Legado de Monstros, do Apple TV+ e seu retorno aos cinemas está previsto para 29 de março no blockbuster Godzilla e Kong: O Novo Império.
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